Relatório da administração

Escolha um dos tópicos deste capítulo 1. Perfil da companhia 2. comentário sobre a conjuntura 3. Desempenho Operacional 4. Iniciativas estratégicas 5. Desempenho econômico-financeiro 6. Investimentos 7. Governança corporativa 8. Mercado de capitais 9. Responsabilidade social empresarial 10. Programa de pesquisa e desenvolvimento 11. Auditores independentes 12. Encerramento e agradecimentos

2. COMENTÁRIO SOBRE A CONJUNTURA

2.1. Ambiente Macroeconômico
A economia brasileira foi marcada por dois momentos distintos ao longo de 2008. Até setembro, os indicadores confirmavam um cenário de vigorosa expansão da atividade econômica, com resultados positivos da produção industrial, geração de emprego, concessão de crédito e crescimento do PIB. Todavia, a partir de setembro (após as primeiras falências de bancos de grande porte e da severa escassez de crédito pelos bancos internacionais), o ambiente econômico internacional passou por uma rápida deterioração, gerando uma crise de confiança, que também atingiu o Brasil. As principais consequências foram a intensa desvalorização cambial, a queda da confiança de consumidores e empresários e a redução da produção e das vendas internas, sobretudo de bens de consumo duráveis de maior valor agregado, como automóveis. Embora as perspectivas para 2009 recomendem cautela, em razão da incerteza ainda elevada acerca dos impactos da crise financeira sobre a atividade econômica, a expectativa é de que esse cenário deverá ser gradativamente superado. A crise eclodiu em um momento em que a economia brasileira se encontrava em condições satisfatórias, com reservas cambiais elevadas e com um nível de endividamento do setor público compatível com a adoção de uma política anticíclica, ou seja, capaz de estimular o crescimento da economia, por meio da redução de juros, liberação dos depósitos compulsórios, aumento dos gastos públicos e corte de impostos, dentre outras iniciativas. Portanto, a desaceleração da economia brasileira em 2009 deverá ser menor e mais breve do que a que se verificará nos países desenvolvidos.

2.2. Ambiente do Setor de Energia Elétrica
Em 2008, a evolução do setor elétrico brasileiro teve continuidade, fruto tanto de um ambiente regulatório consolidado quanto do avanço tecnológico. Responsável pelo fornecimento de energia elétrica a mais de 61 milhões de consumidores em todo o território nacional, o Brasil superou, em 2008, a marca de 100 mil megawatts (MW) em potência instalada (75% de fonte hídrica e 25% de fonte térmica), o que representa apenas 30% do parque energético nacional e que, portanto, apresenta um grande espaço para crescimento. Durante o ano foi realizado o primeiro leilão de biomassa, energia gerada pela queima do bagaço de cana-de-açúcar e, numa escala ainda reduzida e experimental, têm sido criados incentivos à produção de energia pela queima do lixo urbano e pela utilização do metano associado a dejetos de suínos. Ambos os projetos apontam o caminho da correta sustentabilidade ambiental, ao unir a despoluição das cidades e dos rios à geração de energia elétrica. O setor finalizou o ano com o leilão da maior Linha de Transmissão de energia elétrica do mundo, uma conexão de 2.375 km, que permitirá integrar o Complexo Hidroelétrico do Rio Madeira ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que passará a contar com uma geração adicional de 7.000 MVA. O Consórcio Madeira Transmissão, que conta com participação de 51% da CTEEP, arrematou o lote que corresponde a Linha de Transmissão Porto Velho – Araraquara 2.