ISA CTEEP lucra R$ 261 milhões no segundo trimestre e projeta aumento de R$ 1 bilhão na receita para o próximo ciclo
- Crescimento de 22% na RAP potencial terá efeito no ciclo 23/24 e alcançará R$ 5,9 bilhões. Do total, 87% são de ativos já em operação;
- Empresa contribui para a transição energética e avança em estratégia de expansão com o arremate dos lotes 7 (MG e RJ) e 9 (SP) no primeiro leilão de transmissão do ano, com aumento de 5% na RAP (R$ 226,3 milhões);
São Paulo, 31 de julho de 2023 – A ISA CTEEP (B3: TRPL3; TRPL4), líder no setor de transmissão de energia do País, encerrou o segundo trimestre de 2023 com o lucro líquido regulatório de R$ 261,2 milhões, um aumento de 252,6% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado de janeiro a junho, a Companhia alcançou o lucro líquido regulatório de R$ 567,2 milhões, uma alta de 204,0% frente ao registrado no primeiro semestre do ano anterior, dados que refletem o cenário de solidez dos negócios.
A receita operacional líquida operacional consolidada, somada com a participação da Companhia na receita líquida dos projetos controlados em conjunto, foi de R$ 680 milhões no último trimestre, um avanço de 28,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o valor chegou a R$ 1,36 bilhão, que representa um incremento de 32,3% em relação a 2022. Estes valores são referentes à contabilidade regulatória e excluem os efeitos da receita da Rede Básica Sistema Existente (RBSE).
Para o ciclo 23/24, a Companhia vai obter um incremento de 22% (equivalente a R$ 1,1 bilhão) na RAP potencial, que totaliza R$ 5,9 bilhões. Desse montante, 87% são de ativos já em operação. Os principais fatores que aumentam a RAP potencial são: (1) entrada em operação de novos projetos de reforços e melhorias (modernização do parque instalado); (2) RAP dos dois lotes arrematados no último leilão, (3) reajuste do ciclo tarifário a partir de julho de 2023 e (4) recomposição total da RAP do componente financeiro da RBSE, que teve seu fluxo de pagamentos reduzido nos últimos dois anos em função do reperfilamento adotado em 2021.
O EBITDA regulatório somou R$ 686,8 milhões no último trimestre, uma alta de 23,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a junho, o montante alcançou R$ 1,4 bilhão, um incremento de 31,2%.
Entre os principais fatores que impactaram positivamente o resultado trimestral da Companhia estão a entrada em operação de mais de 80 projetos de reforços e melhorias nos últimos 12 meses, além da energização de seis novos empreendimentos (greenfield) que incrementaram a parcela operacional da RAP ciclo 22/23 em R$ 420 milhões de Receita Anual Permitida (RAP). A Receita ainda foi positivamente impactada pela atualização da RAP pelo IPCA do período e pela recomposição parcial da receita proveniente do componente financeiro da RBSE, cujo fluxo de pagamento foi reperfilado em 2021.
Como resultado da busca contínua por ganhos de eficiência operacional, o PMSO gerenciável do último trimestre – isto é, os custos com pessoal, material, serviços e outros, frente à receita líquida operacional, desconsiderando a RBSE – alcançou uma eficiência adicional de 0,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o nível de alavancagem da empresa, medido pelo endividamento líquido versus o EBITDA, é de 2,65x no período.
“O incremento de 22% da RAP potencial para o próximo ciclo e a eficiência operacional da Companhia fortalecem o crescimento do EBITDA, que somado à alocação responsável dos recursos garante uma alavancagem sob controle, atualmente na ordem de 2,6%. Essa combinação de fatores confirma as projeções de solidez e geração de caixa que eram esperadas para o último semestre e geração de valor para o acionista”, destaca Carisa Cristal, diretora-executiva financeira e de relações com investidores da ISA CTEEP.
No último trimestre, a Companhia investiu R$ 377,4 milhões, um recuo de 32,4% ante o mesmo período do ano passado, explicado pela composição da carteira de projetos em construção (greenfield) que possuía um maior número de empreendimentos em fase final de construção e, portanto, contava com mais aportes de recursos. Do total de aportes no período, foram R$ 274,4 milhões na renovação do seu parque instalado (reforços e melhorias) e R$ 103 milhões em projetos arrematados em leilões (greenfield). No acumulado de janeiro a junho, o valor investido foi de R$ 921,1 milhões, um recuo de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre os anos de 2019 e 2022, o investimento em projetos de reforços e melhorias apresentou taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 83,7%. Hoje a Companhia possui aproximadamente R$ 5 bilhões de investimentos em projetos já autorizados pela Aneel e que serão realizados entre 2023 e 2027.
Destaques: transição energética e expansão nacional
Em junho, a Companhia arrematou dois lotes (7 e 9) em um dos maiores leilões de transmissão da história do País, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os quais contribuirão com um incremento de R$ 226,3 milhões à RAP quando concluídos. Com isso, serão investidos R$ 2,4 bilhões (Capex Aneel) na construção de 522 km em linhas de transmissão em circuito duplo, totalizando 1.044 km, a construção de uma subestação e expansão de outra existente, com o foco de atender a três Estados, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e vão permitir o escoamento de grandes montantes de energia renovável, como usinas eólicas e solares. Com os novos empreendimentos, a empresa segue contribuindo com a transição energética e amplia sua presença nacional para 18 estados, passando a atuar no Rio de Janeiro.
“Os investimentos em projetos greenfield reforçam o nosso compromisso com a sociedade, a geração de valor ao acionista, graças à nossa disciplina e capacidade de execução de grandes projetos, e a longevidade corporativa. Atualmente, o nosso pipeline conta com cinco projetos em construção, cujo investimento, somado aos dois novos lotes conquistados, é de aproximadamente R$ 7,6 bilhões para os próximos anos e cerca de R$ 730 milhões de RAP incremental. Agora, com o arremate dos lotes 7 e 9, teremos um crescimento de 5% de RAP potencial”, explica Rui Chammas, diretor-presidente da ISA CTEEP.
No semestre, também foram concluídos projetos relevantes, como a energização parcial do projeto Itaúnas, o que permitiu a Companhia passar a receber 66% da RAP de R$ 63,4 milhões.
Sustentabilidade
Por meio do Programa Conexão Jaguar, a ISA CTEEP apoiou o desenvolvimento do primeiro projeto certificado para a emissão de créditos de carbono na região do Pantanal (MS). Em maio, a iniciativa certificou mais de 231 mil créditos de carbono que serão comercializados no mercado voluntário internacional e têm o potencial de reduzir cerca de 430 mil toneladas de CO2e até 2030.
No início do ano, a empresa ainda ingressou na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, e voltou a integrar as carteiras dos índices IBrX 100 e ICO2 também da B3. Destaca-se, ainda, a conquista, em conjunto com a controladora ISA, do certificado de carbono neutro emitido pelo Instituto Colombiano de Normas Técnicas e Certificação (ICONTEC).
Sobre a ISA CTEEP
Com uma equipe de mais de 1.500 colaboradores, a ISA CTEEP está presente em 18 Estados, operando uma complexa rede de transmissão por onde trafegam 30% de toda a energia elétrica transmitida no Brasil e 94% no Estado de São Paulo. Seu sistema elétrico é composto por mais de 29 mil km de circuitos (cerca de 28 mil em operação e 1,5 mil em construção), incluindo ativos próprios e controlados em conjunto, e 133 subestações próprias (126 em operação e sete em construção) com tensão de até 550 kV. Seu acionista controlador é a empresa colombiana ISA, que detém 35,82% do capital total.
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