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relatório anual 2011

Crescimento e Excelência Operacional


A Companhia adota tecnologias
avançadas para garantir
a confiabilidade e a
excelência operacional
de seus ativos.

Colaboradores da CTEEP

Introdução

GRI EU4

A expansão dos negócios da CTEEP está orientada em três vertentes:

  • As ampliações do seu sistema de transmissão
  • A participação em leilões de ativos do setor
  • As aquisições de ativos existentes

Leilões

A CTEEP teve participação ativa nos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 2011 e arrematou dois lotes de transmissão no leilão 004/2011, realizado dia 2 de setembro. Quando os empreendimentos arrematados estiverem concluídos, a Companhia estará presente em 15 unidades da Federação.

Em um consórcio formado com a CHESF, a CTEEP arrematou o lote composto por duas subestações (Garanhuns 500/230 kV e Pau Ferro 500/230 kV) e quatro linhas de transmissão localizadas na Paraíba, Pernambuco e Alagoas: Luiz Gonzaga-Garanhuns 500 kV com 224 km; Garanhuns-Pau Ferro 500 kV, com 239 km; Garanhuns-Campina Grande III 500 kV, com 190 km; Garanhuns-Angelim 230 kV, com 13 km.

O objetivo desse projeto – que tem investimentos de cerca de R$ 650 milhões e Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 68,9 milhões – é otimizar os fluxos de energia que chegam até o Estado de Pernambuco, a fim de reduzir os custos de conexão e da expansão da rede elétrica e possibilitando o escoamento da geração proveniente das centrais de geração eólica que se instalarão no Estado do Rio Grande do Norte.

No mesmo leilão, a CTEEP também arrematou de forma isolada o lote formado pela Subestação Itapeti 345/88 kV (800 MVA), que prevê investimentos de aproximadamente R$ 43 milhões e RAP de R$ 4,4 milhões. Esse empreendimento irá aumentar a qualidade e a confiabilidade do sistema na região nordeste da Grande São Paulo, do município de Mogi das Cruzes e região ao Vale do Paraíba (SP).

Ampliação de Ativos

GRI EU6

A CTEEP atua muito próxima à EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para garantir que o planejamento de suas atividades esteja em consonância com as necessidades do sistema e os requisitos das empresas de geração, distribuição e consumidores livres que se conectam à rede de transmissão da Companhia.

Em 2011, a CTEEP obteve autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica para implantar 27 projetos de reforço do sistema de transmissão que trarão receitas futuras da ordem de R$ 19 milhões.

As receitas futuras são projetos de ampliações ou reforços no sistema elétrico que geram receitas a partir do momento em que são concluídos. Esses projetos são propostos pelo Grupo de Trabalho São Paulo (GTSP), formado por diversas empresas do setor elétrico, entre elas a CTEEP, e pelo ONS, com o objetivo de definir as diretrizes de planejamento e implantação de obras para suprir as demandas de abastecimento de energia no Estado de São Paulo.

Um dos pontos focais do trabalho com o GTSP é o tratamento das questões ambientais, objetivando agilizar a expedição das licenças prévia, de instalação e de operação.

Adicionalmente, a CTEEP mantém o Plano de Otimização de Ativos (POA) e o Programa de Manutenção das Instalações para garantir a confiabilidade e qualidade do fornecimento de energia elétrica às empresas distribuidoras.

A Companhia também recebeu, como bônus pela altíssima disponibilidade de seus ativos nos três últimos ciclos tarifários, prêmio total de R$ 11.240.861,06, o que representa entre 30% e 35% do valor total distribuído entre as transmissoras do País.

Investimentos em 2011

Investimentos realizados em 2011 adicionaram 1.138,25 MVA à capacidade de transformação da CTEEP.

Em 2011, os investimentos realizados pela CTEEP para ampliação e otimização de seus ativos totalizaram R$ 229,46 milhões.
Além disso, foram energizados 65 empreendimentos, entre Rede Básica e Demais Instalações de Transmissão (DITs)*, que representaram um acréscimo de receita da ordem de R$ 31,9 milhões à RAP (Receita Anual Permitida).

Esses empreendimentos proporcionaram acréscimo de 1.138,25 MVA de capacidade de transformação. Entre os destaques estão a construção de 30 quilômetros de linha 138 kV Mogi Mirim III Ramal Jaguariúna (que vai beneficiar Campinas e Jaguariúna) e a recapacitação de dez quilômetros da linha 138 kV Rio Claro I – Limeira I. Também foram instalados 219 transformadores de corrente, 193 chaves seccionadoras, 85 transformadores de potencial, 35 disjuntores e 18 bobinas de bloqueio.

Os investimentos tiveram foco na instalação ou substituição de equipamentos do Tipo 2 (reforços autorizados previamente pela ANEEL com receita a ser definida posteriormente). Também foram implantados reforços do Tipo 1 (autorizados previamente pela ANEEL e com receita pré-definida).

Outra estratégia bem sucedida utilizada em 2011 foi a identificação prévia de acessantes (empresas que se conectam diretamente ao sistema da CTEEP sem ser distribuidoras de energia), o que permitiu à Companhia desenvolver e oferecer a esses clientes em potencial um plano de conexão. Os sete novos contratos resultantes desse movimento somaram, no primeiro semestre, R$ 1,4 milhão, correspondentes a cerca de 10% das receitas futuras alcançadas no ano.

A CTEEP vem dando forte contribuição ao crescimento do Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio dos investimentos em subestações e linhas de transmissão implantadas nos últimos anos para atender à demanda nacional de eletricidade no longo prazo, compatível com o crescimento do PIB e do mercado de energia. Entre esses investimentos destacam-se:

Evolução da quantidade total de obras de conexão em execução pela CTEEP



Investimento total de R$ 139.8MMTotal de encargo de conexão: R$ 19.147,09

A CTEEP investiu R$ 2,5 bilhões nos últimos três anos, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento do País.

Pinheiros

Em março de 2011 entrou em operação a subestação Getulina, entre as cidades de Lins e Guaimbê, conectada à linha 440 kV Jupiá – Bauru. A subestação, que adicionou 300 MVA de capacidade de transformação ao sistema da CTEEP, vai contribuir para que as distribuidoras possam atender a demanda energética da região noroeste do Estado de São Paulo. Já existe um estudo para colocar um segundo banco de transformadores na subestação para ampliar a capacidade para 600 MVA.

Ligada à linha 440 kV Ilha Solteira – Araraquara, a subestação Mirassol II entrou em operação em abril de 2011, adicionando 300 MVA de capacidade de transformação ao sistema de transmissão da CTEEP. Foi autorizada a ampliação com a instalação de um segundo banco de transformadores na subestação, de modo que a capacidade instalada chegue a 600 MVA.

O empreendimento irá trazer uma melhora na qualidade da energia fornecida pois o sistema da região vinha operando com níveis críticos de tensão na rede de 138 kV.

Em dezembro de 2011 entrou em operação a subestação Piratininga II que se conecta à subestação Interlagos por meio da nova linha de transmissão 345 kV Interlagos – Piratininga II.

A entrada em operação da subestação, com capacidade instalada de 1.200 MVA, contribui para o alívio de carga da subestação Bandeirantes, o que vai favorecer o abastecimento à região central da cidade de São Paulo Em 2012, a subestação Atibaia II, por sua vez, irá acrescentar 400 MVA ao sistema, sendo conectada por meio de um seccionamento (ligação) à linha 345 kV Poços de Caldas – Mogi das Cruzes (Furnas). Esse projeto irá beneficiar a região de Atibaia (SP).

Fruto de um lance vitorioso no leilão ANEEL 004/2011, a SE 345/88 kV Itapeti, será construída e operada pela Pinheiros. Este empreendimento, que irá acrescentar 800 MVA ao sistema, tem previsão de energização em agosto de 2013.

IESul

A Interligação Elétrica Sul inaugurou a subestação Forquilhinha, na região do mesmo nome em Santa Catarina, que adicionou 300 MVA de capacidade de transformação. Foi o segundo empreendimento da subsidiária a entrar em operação para suprir o atendimento de cargas das regiões sul e extremo sul de Santa Catarina, permitindo mais flexibilidade ao sistema elétrico e ampliando a capacidade e confiabilidade de abastecimento.

A linha de transmissão em 230 kV Jorge Lacerda B – Siderópolis C3, com 47 quilômetros de extensão, tem entrada em operação prevista para fevereiro de 2012. A linha de transmissão está localizada entre os municípios de Capivari de Baixo, Tubarão, Treze de Maio, Pedras Grandes, Urussanga, Cocal do Sul e Siderópolis, em Santa Catarina. O projeto irá suprir a demanda crescente de energia na região.

A linha de transmissão em 230 kV Nova Santa Rita – Scharlau, que atravessa os municípios de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Portão e Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, traz um fornecimento de energia mais seguro e que irá contribuir para o crescimento econômico local. A linha de transmissão Nova Santa Rita – Scharlau e a subestação Scharlau 2 entraram em operação em dezembro de 2010.

Com 100 quilômetros e aproximadamente 200 torres, a linha de transmissão em 230 kV Joinville Norte – Curitiba C2 atualmente está na fase de licenciamento ambiental. A previsão de conclusão do projeto é março de 2013.

Serra do Japi

A partir de 2012, as subestações Jandira e Salto, da Interligação Elétrica Serra do Japi, irão acrescentar ao sistema de transmissão da CTEEP 1.200 MVA e 400 MVA, respectivamente. A subestação Jandira irá se conectar, por meio de um seccionamento, à linha 440 kV Gerdau – Embu Guaçu. Esse projeto irá contribuir para a melhora no fornecimento de energia da região norte da Grande São Paulo. Já a subestação Salto irá se ligar à linha 440 kV Bauru – Cabreúva C2, também por meio de seccionamento e irá beneficiar a região de Itu (SP).

IEMadeira

A CTEEP está construindo, por meio da subsidiária Interligação Elétrica do Madeira, um dos bipolos do sistema de transmissão das usinas de Santo Antonio e Jirau, no Estado de Rondônia, mediante a implantação, operação e manutenção do complexo compreendendo a linha de transmissão Porto Velho – Araraquara 2, em corrente contínua ± 600 kV, com extensão de 2.400 km. Também constrói as estações retificadora CA/CC, 500/±600 kV – 3150 MW em Porto Velho e Inversora CC/CA, ±600/500 kV, com 2.950 MW em Araraquara.

Desempenho Operacional

Disponibilidade de ativos


Transformadores

Reatores

Linha de Transmissão
     

GRI EU6, EU12, EU28, EU29

A Companhia investe permanentemente em manutenção, tecnologia e automação para garantir a eficiência e qualidade do seu sistema de transmissão, uma vez que a receita operacional da CTEEP está diretamente relacionada à disponibilidade de seus ativos (linhas de transmissão, reatores e transformadores). A indisponibilidade de ativos pode gerar um desconto na sua receita por efeito da parcela variável.

A qualidade do fornecimento de transmissão de energia aos clientes sempre foi e continuará sendo uma preocupação da CTEEP. Trata-se de um compromisso que orienta a estratégia de eficiência operacional de toda a Companhia.

Por conta disso, a CTEEP realiza o monitoramento constante da Frequência Equivalente de Interrupções (FREQ), indicador que mede a quantidade de interrupções do fornecimento de energia ao ano, e da Duração Equivalente de Interrupções (DREQ), que traduz a duração média, em horas, das interrupções do fornecimento a cada ano.

Em 2011, não foi realizado estudo sobre perdas em transmissão. A CTEEP irá avaliar estudo para retratar a questão das perdas.

  2011
DREQ 3,3417
FREQ 0,2554
ENS 1057,37

Tecnologia Avançada

A CTEEP adota avançadas tecnologias para proteger e dar maior confiabilidade ao seu sistema de transmissão. A empresa utiliza o RTDS (sigla em inglês para Simulador Digital em Tempo Real) para realizar simulações de fenômenos elétricos (falhas, perturbações) com detalhamentos de milissegundos e diagnosticar problemas no sistema de proteção.

O equipamento possibilita conectar dispositivos reais do sistema de proteção da CTEEP, como relés de proteção que detectam anormalidades na rede elétrica e atuam para isolá-las. A simulação fornece mais dados para o diagnóstico e tratamento de problemas reais e analisa problemas que já ocorreram antes.

Além do RTDS, a CTEEP utiliza o Simulador de Treinamento de Operadores (STO). Esse equipamento simula rotinas da operação e execução de manobras, o comportamento do sistema de potência e prepara os operadores para enfrentar diversas situações reais sem oferecer riscos ao sistema elétrico.

Subestações Digitalizadas

Entre os investimentos em manutenção e modernização de ativos realizados em 2011 destaca-se a digitalização das subestações, seguindo a IEC 61850, nova norma da Comissão Eletrotécnica Internacional, e a criação de redundância nos sistemas que ainda não contavam com tal benefício. Ao longo do ano, foram investidos R$ 10,4 milhões na substituição dos controles analógicos das subestações por controles digitais.

As subestações da CTEEP são telecomandadas à distância por dois centros de controle instalados no Estado de São Paulo: o Centro de Operação de Transmissão, localizado no município de Jundiaí, e o Centro de Operação de Retaguarda, no município de Cabreúva. Os centros de controle utilizam a tecnologia Sage (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia). A previsão da Companhia é concluir o processo de automação de todos os seus ativos até 2015.

Manutenção

GRI EN18, EC2
PG 8, 9

A CTEEP adota o conceito de Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC), que permite programar a manutenção com qualidade e no tempo certo e evitar atuações tardias que comprometem a qualidade do serviço de transmissão de energia ou atuações antecipadas, que representam gastos desnecessários.

Os transformadores, reatores e demais equipamentos das subestações são inspecionados diariamente para avaliar itens como níveis do óleo, temperatura, potência e tensão, também é avaliada a condição geral do equipamento. Além de prolongar a vida útil dos equipamentos, postergando investimentos em novas aquisições e substituições, as atividades de manutenção também estão atentas à eficiência energética dos ativos e consequente redução das emissões de CO2 .

A Companhia também realiza inspeções preventivas de itens específicos com periodicidades de quatro e seis meses e de um, três e seis anos. Ao longo de 2011, foram investidos R$ 91,4 milhões em manutenção dos ativos da Companhia.

Outra iniciativa visando reduzir o tempo de indisponibilidade desses ativos foi a substituição de disjuntores de Grande Volume de Óleo (GVO) por equipamentos mais modernos que usam gás SF6 como meio isolante. Essa tecnologia garante maior capacidade de interrupção de correntes elétricas porque o SF6 tem melhor propriedade isolante em relação ao óleo mineral, e também requer um período de indisponibilidade para a manutenção preventiva bem inferior ao necessário para a manutenção preventiva de um disjuntor de tecnologia GVO. Em 2011, foram substituídos 34 dos 125 disjuntores GVO existentes. A substituição deve ser completada até 2015.

O gás SF6, componente dos equipamentos de operação da CTEEP, é um dos gases causadores do efeito estufa identificado como o mais poluente nas atividades da Empresa. Por esta razão, a CTEEP desenvolve um projeto de P&D intitulado "Pesquisa para identificação, caracterização e quantificação de gases de efeito estufa nas atividades e processos existentes nos sistema de transmissão da CTEEP".

Como resultado do projeto, foram identificados e quantificados os GEE, nas atividades e processos existentes no sistema de transmissão da CTEEP. Este estudo ocorreu por meio de amostras, possibilitando determinar o percentual de vazamento de SF6 nos equipamentos em operação, utilizando-se de um critério estatístico simples, foi possível também estimar qual a procedência e as possíveis causas desses vazamentos. Os resultados obtidos mostraram o SF6, proveniente de disjuntores e subestações blindadas, como o GEE de maior relevância na operação da CTEEP. O projeto será continuado em 2012, com foco no desenvolvimento de dispositivo para minimização e perda do gás SF6.

A CTEEP adota o conceito de Manutenção Centrada em Confiabilidade para garantir a qualidade do serviço de transmissão de energia.

Inventário dos Ativos
A CTEEP iniciou em 2011 o inventário de seus 130 mil ativos para o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O manual estabelece um padrão para organizar as informações referentes aos ativos sob controle das empresas concessionárias do setor elétrico. Além de atender à exigência do órgão regulador, o inventário possibilita visão mais confiável e atualizada sobre os ativos, facilitando o controle contábil.

A CTEEP mobilizou 30 profissionais para levantar os dados de 61.873 itens de subestações, 209 linhas de transmissão, 30.273 torres de transmissão, 20.793 faixas de servidão (terrenos sob as linhas de transmissão), 2.080 terrenos, 1.254 edificações, 1.126 benfeitorias e urbanizações e 51.225 unidades de cadastro móveis (mesas, cadeiras etc.)

Engenheiros e técnicos das áreas de manutenção passaram por treinamento para compreender as principais alterações trazidas pelo manual. A equipe responsável pelo inventário preparou os dados dentro dos padrões estabelecidos pela ANEEL para inserção no sistema SAP.

(*) Algumas empresas distribuidoras não acessam diretamente a Rede Básica, mas utilizam as DITs, um sistema de conexão de uso exclusivo entre as linhas de distribuição e a Rede Básica. Para se conectar a essas instalações de conexão, os acessantes devem assinar contrato com as concessionárias de transmissão que detêm as instalações. A remuneração das transmissoras é definida contratualmente mediante negociação entre as partes. A remuneração auferida pela concessionária de transmissão por meio dos CCTs é um dos componentes da RAP (Receita Anual Permitida).