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relatório anual 2011

Performance Econômico-
Financeira


Em 2011, a receita operacional
líquida da CTEEP cresceu 28,6%
e somou R$ 2,9 bilhões. O EBITDA
teve crescimento de 23,8%.

Colaboradores da CTEEP

Desempenho Financeiro

GRI EC1

A estratégia de crescimento adotada pela CTEEP, baseada em agregar valor ao negócio por meio das melhores práticas de governança corporativa, resultados financeiros sustentáveis, na forte expansão da base de ativos, e na excelência operacional, trouxe resultados de destaque em 2011.

        $ Mil*
Componentes 2008 2009 2010 2011
Valor econômico direto gerado - 1.815 1.735 2.026
a) Receitas líquidas de vendas - 1.815 1.735 2.026
Valor econômico distribuído - 1.989 1.855 2.098
b) Custos operacionais - 450 400 504
c) Salários e benefícios de empregados - 157 160 194
d) Pagamento para provedores de capital - 783 772 789
e) Pagamento ao governo - 600 523 611
e) Investimentos na comunidade - 0 0 0
Valor Econômico acumulado - 3.804 3.590 4.124
(*) Valores de acordo com as normas internacionais de Contabilidade (IFRS), ainda não auditados, sujeito a alterações.

Demonstrações Contábeis

As demonstrações financeiras consolidadas da CTEEP foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem as disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e aprovadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As demonstrações financeiras estão em conformidade com as normas IFRS (International Financial Reporting Standards) emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board).

Auditoria Independente

A CTEEP observa os princípios que preservam a independência do auditor externo, que não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais, ou ainda advogar por seu cliente. As políticas da Companhia e de suas controladas vedam a contratação de seus auditores independentes para a prestação de serviços que possam gerar conflito de interesses ou perda de objetividade.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas referentes ao ano de 2011 foram auditadas pela Ernst & Young Auditores Independentes S.S. ("Ernst & Young Terco").

Receita Anual Permitida

A Resolução Homologatória nº 1.171, publicada em 28 de junho de 2011, estabeleceu as receitas anuais permitidas da CTEEP e suas controladas, pela disponibilização das instalações de transmissão integrantes da Rede Básica e das Demais Instalações de Transmissão para o ciclo de 12 meses, compreendendo o período de 1º de julho de 2011 a 30 de junho de 2012.

A RAP da CTEEP, que era de R$ 1.760,8 milhões em 1º de julho de 2010, passou para R$ 2.008,3 milhões em 1º de julho de 2011, apresentando um aumento de R$ 247,5 milhões, equivalente a 14,1%.

A RAP da Companhia em conjunto com suas controladas, que era de R$ 1.861,2 milhões em 1º de julho de 2010, passou para R$ 2.120,6 milhões em 1º de julho de 2011, um incremento de R$ 259,4 milhões, equivalente a 13,9%.

Parcela Variável

A variação na oferta e demanda de energia elétrica não interferem no faturamento mensal da CTEEP, cuja Receita Anual Permitida (RAP) é definida pela ANEEL e independe da quantidade de energia transportada.

O componente que interfere no faturamento é a Parcela Variável (PV), descontada da RAP das transmissoras em função da indisponibilidade ou restrição das instalações integrantes da Rede Básica. Em 2011, o desconto referente à Parcela Variável ficou em 0,27% da receita, bem abaixo da média do setor, que ficou em torno de 0,57%.

O Adicional à RAP corresponde ao valor a ser acrescentado à receita das transmissoras como incentivo à melhoria da disponibilidade das instalações de transmissão. Em 2011, a Companhia recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, um adicional à RAP no valor de R$ 3.467.868,02 referente ao Ciclo 2010/2011, estabelecido pela ANEEL devido à alta disponibilidade de seus ativos (99,98%). Este adicional teve como efeito a redução da Parcela Variável de 0,27% para 0,05% da RAP.

Parcela Variável

Em 2010 e 2011, a CTEEP recebeu de 29,76% do total do prêmio de PV do setor – cerca de R$ 3,4 MM.

Receitas

Receitas de Construção
(R$ milhões)

Receitas de Operações e
Manutenção (R$ milhões)

   

As Receitas de Construção totalizaram R$ 1.103,7 milhões em 2011, aumento de 59,1% em relação a 2010, quando registrou R$ 693,8 milhões. O aumento é resultado do avanço das obras da Serra do Japi (acréscimo de R$ 153,7 milhões em 2011) e da IEMadeira (acréscimo de R$ 594,9 milhões em 2011), bem como das obras de reforços e ampliações da CTEEP. Esse aumento foi compensado pela conclusão das obras da IENNE, IESul e Pinheiros durante o exercício de 2010.

As Receitas de Operação e Manutenção totalizaram R$ 555,1 milhões em 2011, comparadas com R$ 442,5 milhões em 2010, o que representa um crescimento de 25,4% no exercício e reflete, principalmente, a correção monetária da RAP para o ciclo 2011/2012.

As Receitas Financeiras oriundas dos contratos de concessão somaram R$ 1.589,9 milhões em 2011, um aumento de 13,7% em comparação com os R$ 1.398,2 milhões em 2010. Essa evolução reflete a remuneração do saldo de contas a receber de construção, que teve variação positiva de 21%.

Adicionalmente, em julho de 2011, a Companhia e suas controladas reconheceram os ajustes positivos oriundos do reposicionamento tarifário anual, que afetaram os seus fluxos de caixa no montante de R$ 246,9 milhões (frente aos R$ 86,4 milhões de 2010) como ajuste na receita financeira anual.

As Deduções da Receita Operacional atingiram R$ 367,9 milhões em 2011, frente aos R$ 295,3 milhões em 2010, representando os tributos e encargos que refletem o crescimento da receita operacional.

Em decorrência dos fatores mencionados acima, a Receita Operacional Líquida aumentou 28,6% em 2011, atingindo R$ 2.900,8 milhões.

Custos e Despesas Operacionais

Os custos de construção e de operação/manutenção tiveram aumento de 39,6%, alcançando R$ 1.323,4 milhões em 2011 frente aos R$ 948,3 milhões em 2010. Esse aumento foi decorrente de acréscimos de R$ 366.5 milhões referentes a gastos de materiais e serviços aplicados, substancialmente, nas obras da Serra do Japi e da IEMadeira.

As despesas gerais e administrativas apresentaram redução de 7,9% em 2011 e totalizaram R$ 127,0 milhões frente aos R$ 137,9 milhões de 2010.

Entre as movimentações ocorridas no exercício, destacam-se: (i) reversão de provisão para contingências, no montante de R$ 27,6 milhões; (ii) constituição de provisão para perdas com estoques no total de R$ 17,9 milhões; (iii) aumento nas despesas de contratação de serviços no valor de R$ 6,0 milhões; e (iv) acréscimo na despesa com pessoal no valor de R$ 3,2 milhões devido basicamente ao dissídio do período.

Ebitda e Margem Ebitda
(R$ milhões e %)

Lucro Líquido
(R$ milhões)

   

EBITDA e Margem EBITDA

Em 2011, a CTEEP registrou EBTIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) de R$ 1.456,5 milhões (crescimento de 23,8% em relação aos R$ 1.176,1 milhões em 2010) e margem EBITDA de 50,2% (redução de 1,9 pontos percentuais em relação aos 52,1% de 2010).

Resultado Financeiro

O resultado financeiro atingiu despesa de R$ 200,5 milhões em 2011, o que representou aumento de 91,5% em relação aos R$ 104,7 milhões de 2010, devido à maior alavancagem financeira.

Em 2011, a CTEEP captou R$ 500,0 milhões em Notas Promissórias e R$ 250,0 milhões em CCB internacional e Commercial Paper, gerando despesa financeira adicional de aproximadamente R$ 47 milhões.

As controladas Serra do Japi e IEMadeira tiveram aumento nas captações de curto prazo e as controladas Pinheiros, IESul e Serra do Japi tiveram novas captações de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gerando uma despesa financeira adicional de aproximadamente R$ 24,0 milhões. O aumento do CDI de 2010 para 2011 elevou o custo total da dívida em aproximadamente 1,68% a.a., devido, substancialmente, à maior captação de curto prazo, sobretudo pelas controladas Serra do Japi e IEMadeira, que estão em fase de construção das linhas de transmissão.

As despesas com imposto de renda e contribuição social aumentaram 32,5%, somando R$ 303,8 milhões em 2011 contra R$ 229,4 milhões em 2010. A taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social foi de 24,9% em 2011 – a taxa em 2010 ficou em 22%. As principais diferenças permanentes que justificam a variação entre a taxa efetiva e a taxa nominal são despesa de juros sobre capital próprio, resultado de equivalência patrimonial, e reversão da provisão para manutenção de integridade do patrimônio líquido (por conta do benefício fiscal pelo ágio pago pela ISA Capital no processo de aquisição do controle acionário da CTEEP).

Lucro Líquido

Em 2011, o lucro líquido da CTEEP somou R$ 915,3 milhões, montante 12,7% superior aos R$ 812,2 milhões de 2010. Com o resultado, a margem líquida alcançou 31,6% em 2011 ante 36,0% no ano anterior. A redução de 4,4 pontos percentuais na margem líquida é explicada pelo aumento nos custos e nas despesas ao longo do ano de 2011.

Endividamento

A dívida bruta consolidada em 31 de dezembro de 2011 somou R$ 2.771,4 milhões. Do total da dívida bruta consolidada, R$ 1.109,5 milhões (40%) estavam vinculados a contratos de empréstimo junto ao BNDES. Ao final de 2011, a dívida líquida era de R$ 2.564,1 milhões. O índice de endividamento (razão entre dívida líquida e patrimônio líquido) atingiu 56,5% ao final de 2011.

Distribuição do Valor Adicionado

Distribuição do Valor Adicionado

GRI EC1

Em 2011, o Valor Adicionado da CTEEP totalizou R$ 2.198,6 milhões, montante que representa uma elevação de 22,7% em comparação com 2010. Desse total, R$ 789,0 milhões referem-se a pagamentos a proventos de acionistas (dividendos e juros sobre capital próprio), R$ 734,4 milhões referem-se a impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais; e R$ 199,7 milhões foram destinados ao pagamento de salários e benefícios aos colaboradores.

Mercado de Capitais

As ações ordinárias e preferenciais da CTEEP (BM&FBovespa: TRPL3 e TRPL4) encerraram 2011 cotadas a R$ 54,00 e R$ 57,99, respectivamente, o que representa uma variação de -11,62% e +5,25%, também respectivamente, em relação a 2010. Somando o valor da ação aos proventos pagos aos acionistas, o retorno referente às ações preferenciais (que apresentam maior liquidez) foi de 18,03%. Durante o exercício de 2011, o Ibovespa desvalorizou-se 18,11% e o Índice de Energia Elétrica (IEE) teve valorização de 19,72%.


As ações preferenciais da CTEEP atingiram 185.114 negócios em 2011, totalizando R$ 1,79 bilhão.

Volume financeiro negociado em 2011 (R$ milhões)

Ao longo do ano, as ações preferenciais da CTEEP apresentaram volume médio diário de negociação na BM&FBovespa de R$ 7,2 milhões. O volume total negociado em 2011 foi R$ 1.796,0 milhões.

Quantidade de negócios em 2011 (unidade)

Com média diária de 743 negócios, as ações preferenciais da CTEEP atingiram 185.114 negócios em 2011.

Circulação de ADRs
A CTEEP também participa do programa patrocinado de American Depositary Receipts (ADR) Nível 1, lastreados em ações ordinárias e preferenciais à razão de 1 Depositary Share para cada uma ação de ambas as espécies.

No encerramento de 2011, os ADRs lastreados nas ações preferenciais (mais líquidas) valorizaram-se 1,7% e o volume financeiro referente a estes ADRs aumentou 3,3%, somando US$ 65,1 milhões.