Com uma equipe de mais de 1.600 colaboradores, a ISA CTEEP está presente em 18 Estados, operando uma complexa rede de transmissão por onde trafegam cerca de 30% de toda a energia elétrica transmitida no Brasil e aproximadamente 95% no Estado de São Paulo. Seu sistema elétrico é composto por mais de 31 mil km de circuitos (cerca de 28 mil em operação e 3,4 mil em construção), incluindo ativos próprios e controlados em conjunto, e 137 subestações próprias (129 em operação e oito em construção). 

O SIN é considerado único em âmbito mundial por seu tamanho e suas características de produção e transmissão de energia elétrica: um sistema de grande porte, com alta predominância de usinas hidrelétricas (cerca de 70%) e formado por empresas das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da Região Norte.

A principal malha do SIN é composta por cerca 179 mil quilômetros de linhas de transmissão – nas tensões 230 kV, 345 kV, 440 kV, 500 kV, 600 CC e 750 kV – que formam a Rede Básica. Já as Demais Instalações de Transmissão (DITs) são constituídas por linhas e equipamentos operantes em tensões inferiores a 230 kV – 11,5 kV a 138 kV – e são pertencentes às transmissoras, não integrando a Rede Básica do SIN.

A ISA CTEEP e suas empresas, controladas e controladas em conjunto, mantêm atuação em 18 Estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo e Bahia.

A Companhia conta com quatro unidades regionais no Estado de São Paulo – Cabreúva, Taubaté, Bauru e São Paulo –, além de um Centro de Operação de Transmissão (COT) em Jundiaí e um Centro de Operação de Retaguarda (COR) em Cabreúva.

Reconhecida pela excelência da prestação de serviços, a ISA CTEEP adota uma estratégia operacional baseada na permanente geração de valor. Para isso, a Companhia pauta sua ações em três pilares:

  • Aplicação de tecnologias modernas em suas instalações (centros de controle, subestações e linhas de transmissão).
  • Aperfeiçoamento contínuo e certificação dos processos de gestão da Operação e Manutenção.
  • Capacitação, desenvolvimento e valorização das pessoas, com foco na multidisciplinaridade e senso de equipe.

Comprometida com o desenvolvimento da infraestrutura energética do País, a Companhia investe continuamente na manutenção e modernização da sua rede, contribuindo diretamente para a expansão do sistema de transmissão nacional. Desde 2016, Companhia arrematou 19 lotes em leilões de transmissão realizados pela ANEEL.

A ISA CTEEP considera a qualidade um compromisso permanente no fornecimento de transmissão de energia aos clientes e isso orienta sua estratégia de eficiência operacional.

Gestão ambiental

A ISA CTEEP adota diretrizes do padrão normativo ABNT NBR ISO 14001:2015 nos processos relacionados a operação e manutenção de subestações. No ano de 2017, a empresa manteve a recomendação da certificação ISO 14001, após realização de auditorias de terceira parte nestes processos, o que totalizou 08 subestações.

Em 2001, a companhia preparou duas subestações para a certificação ISO 14001, a SE Santa Bárbara D`Oeste (Regional Cabreúva) e a SE Xavantes (Regional São Paulo), obtendo êxito na recomendação desta norma. A partir de 2002, outras subestações foram sendo preparadas e incorporadas nos processos de auditoria.

Esta norma propicia à ISA CTEEP gerenciar os aspectos e impactos ambientais de suas subestações, além de garantir o monitoramento e atendimento de toda legislação ambiental vigente no país. No ano de 2016, a companhia investiu mais de R$ 1,2 milhão em ações de prevenção e mitigação dos impactos ambientais, incluindo o processo de destinação final de resíduos, entre outras iniciativas.

O sistema elétrico da ISA CTEEP e de suas oito empresas controladas e controladas em conjunto compreende uma rede com 18.657,5 quilômetros de linhas de transmissão. É essa rede que viabiliza o transporte de energia a partir dos pontos de conexão com as geradoras e das interligações com outras transmissoras até à rede das concessionárias distribuidoras, responsáveis por levar a energia elétrica até os pontos de consumo final.

Saiba como a energia chega até sua casa

Parte das linhas de transmissão é aérea, ou seja, funciona em instalações externas, e é composta por extensos cabos metálicos, sustentados por mais de 39.403 torres por meio de cadeias de isoladores e ferragens. Já as linhas subterrâneas possuem cabos de energia projetados para funcionar em ambientes fechados e são construídas sob proteção de valas ou túneis.

Confira abaixo as silhuetas típicas das torres de transmissão (metálicas) da ISA CTEEP, com as suas respectivas larguras da faixa de passagem.

Subestações

Com 137 subestações próprias interligando seu sistema de transmissão, a ISA CTEEP garante a disponibilidade de energia em todo o Estado de São Paulo. São as subestações que fazem a conexão das linhas de transmissão para diferentes localidades e, quando necessário, elevam ou reduzem os níveis de tensão da eletricidade.

Em uma subestação estão equipamentos de proteção e controle, como para-raios instalados nas linhas e transformadores para atenuar a possibilidade de excesso de tensão, e chaves seccionadoras, para isolamento, manobra de equipamentos e mudança da configuração da subestação quando necessário, entre outros.

Uma subestação é avaliada por sua disponibilidade total e pela análise individual de equipamentos. Sua manutenção considera a média de intervalo entre as falhas ocorridas, caracterizado pelo período de disponibilidade do equipamento, além do tempo médio dispendido com os reparos.

Modelos de subestações – convencionais e blindadas

As subestações são classificadas conforme a potência instalada que possuem, configuração construtiva e função no sistema. Elas podem ser convencionais ou blindadas. As instalações mais frequentes são do tipo convencional, a céu aberto, que utilizam o ar como meio isolante entre os equipamentos. Esse modelo de instalação ocupa uma larga área de espaço físico e é característico das subestações construídas há mais tempo.

A partir do crescimento dos centros urbanos, as subestações passaram a ser projetadas em tamanhos menores e formatos compactos. Como alternativa ao uso do ar como meio isolante, passaram a adotar o gás hexafluoreto de enxofre (SF6), viabilizando, assim, o modelo das subestações blindadas, com ambiente totalmente fechado.

Desempenho Operacional

A operação e a manutenção são os dois aspectos que influenciam o desempenho de uma linha de transmissão. Por isso, a ISA CTEEP se mantém sempre atenta à performance de sua infraestrutura, a fim de entregar um serviço com elevados níveis de qualidade.

Para medir o desempenho de suas operações, a empresa usa indicadores de disponibilidade e taxa de interrupções. Assim, pode-se verificar se o funcionamento de uma linha de transmissão está dentro de padrões satisfatórios, considerando a relação tempo de disponibilidade versus número de desligamentos ocorridos por 100 quilômetros de linha/ano.

Por sua vez, quando o parâmetro para de desempenho é a manutenção, observa-se o tempo médio entre as falhas ocorridas, verificando a disponibilidade do equipamento e o tempo médio para a realização de reparos.

Para analisar a qualidade de operação e manutenção das linhas de transmissão, a ISA CTEEP prepara anualmente um diagnóstico individual de cada linha, com recomendações dos serviços necessários à permanência ou à melhoria do desempenho apresentado. A elaboração desse diagnóstico conta com um conjunto robusto de informações como classificação da linha segundo sua prioridade; resultados das inspeções aéreas e terrestres; serviços executados pela equipe de manutenção; situação quanto à corrosão; entre outras.

A realização de manutenção de linhas de transmissão por meio de inspeções e dados estatísticos permite prever o momento necessário de intervenções. Para isso, são alocados profissionais treinados, materiais e equipamentos para o atendimento a eventualidades em um prazo mínimo. Essas intervenções de manutenção ocorrem, de preferência, sem que haja interrupção de fornecimento de energia.

Entre os indicadores do desempenho operacional da ISA CTEEP estão Duração Equivalente de Interrupção (DREQ) e Frequência Equivalente de Interrupção (FREQ), que informam, respectivamente, o tempo e o número de interrupção da demanda máxima.

Histórico de energia não suprida

Gráfico - Histórico de energia não suprida

O índice DREQ dos últimos 12 meses, registrado pela ISA CTEEP em 31 de outubro de 2020, foi de 1,839 min e o índice FREQ foi de 0,0608 vezes.

Outro instrumento de avaliação de operação, o valor de desconto na receita da Companhia, em decorrência de indisponibilidades de Funções de Transmissão (FT), chamada de Parcela Variável, representa a dedução da receita da transmissora em função de desligamentos das FT. Em seu registro mais recente, 3º trimestre de 2020, a ISA CTEEP teve descontado 1,56% da RAP de rede básica e fronteira. No acumulado do ano (9M20), o indicador foi de 1,29% da sua receita.

Disponibilidade dos Ativos

Transformadores

99,99%

Linhas de Transmissão

99,95%

Em sua atividade de fornecer ao mercado brasileiro cerca de 138.000 GWh de energia, em 2021 a ISA CTEEP manteve um Índice de Energia Não Suprida (IENS) de 0,00031% da carga atendida, patamar considerado excelente e que demonstra a eficiência da prestação de serviços da Companhia. A marca resulta do empenho da Empresa em manter a racionalização e otimização dos processos de operação e manutenção, buscando a melhoria contínua de produtividade e a qualidade dos trabalhos das equipes técnicas com a adoção de tecnologias de última geração.

Em 2021, a Companhia obteve grandes conquistas de melhoria de infraestrutura como o uso de tecnologias avançadas. Neste ano, foram energizados dois projetos arrematados nos leilões de transmissão realizados pela ANEEL — a Interligação Elétrica Aguapeí e a Subestação Lorena, frutos de nossa capacidade de planejamento e de gestão. A Subestação Lorena, representa um grande avanço para a ISA CTEEP e para a digitalização do setor elétrico brasileiro. Trata-se da primeira subestação digital do Sistema Interligado Nacional que além de conferir maior disponibilidade e eficiência na prestação de serviços, contribui para melhorar a confiabilidade e coleta de informações para apoio na tomada de decisão.

Outro marco histórico de inovação para a companhia e para o setor foi a conquista da aprovação pela ANEEL do primeiro projeto de armazenamento de energia em baterias em larga escala no sistema de transmissão brasileiro, que será instalado na subestação Registro (SP), responsável pelo abastecimento da população do Litoral Sul Paulista. Além de facilitar a inserção de energia a partir de fontes renováveis, a tecnologia contribui para a redução de custos de operação e de necessidade de expansão do sistema. 

Também foi concluído a aquisição da Piratininga – Bandeirantes Transmissora de Energia (PBTE), que opera uma linha de transmissão subterrânea de 30 quilômetros na cidade de São Paulo. 

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Centros de Controle da Operação

A coordenação de todo o sistema elétrico da ISA CTEEP é realizada por dois Centros de Controle da Operação, apoiados por sistemas de informação, que supervisionam e controlam as subestações e linhas para garantir serviços de qualidade com economia, segurança e eficiência.

Instalados no interior paulista –e interligados por sistemas de transmissão de voz e imagem, os dois centros contam com um processo de full back-up, ou seja, de prontidão permanente para, a qualquer momento, um substituir o outro caso seja necessário – se um dos dois apresentar alguma irregularidade, por exemplo. Dessa forma, a operação de controle fica protegida de prejuízos para o sistema com total confiabilidade.

Ambas instalações são 100% certificadas pela norma ISO 9001 e operadas por uma equipe de profissionais de alta capacitação técnica, submetida a reciclagens e treinamentos práticos e teóricos, inclusive com adoção do Simulador para Treinamento (STO), o que garante a perfeita integração e atualização com as diretrizes operativas da ISA CTEEP e dos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Algumas iniciativas são especialmente dedicadas a garantir o avanço contínuo na modernização dos ativos e das tecnologias e dos controles da ISA CTEEP. Uma delas é a utilização do simulador digital em tempo real (RTDS – Real Time Digital Simulator), que posiciona a ISA CTEEP em um reduzido grupo de empresas capazes de realizar simulações com detalhamentos de milissegundos, possibilitando uma profunda avaliação da rede elétrica e ajustes mais precisos e rápidos nos mecanismos de controle e proteção.



Linhas em operação
Linhas em construção

Atualizado em 27 de fevereiro de 2024.